Estamos a caminho do 7º Dia Mundial do Pobre, a ser celebrado no 33º Domingo
do Tempo Comum, dia 19 de novembro de 2023. Aqui no Brasil, desde o início,
denominamos Jornada Mundial dos Pobres para dar o sentido de processo, de
caminho, de mobilização de nossas comunidades no cuidado para com os que
se encontram sem situação de fome, o que quer significar, primeiramente, dar
comer a quem tem fome, mas, também, colaborarmos na construção de políticas
públicas para superação da fome e da miséria.
O tema que o Papa Francisco escolheu para 2023 é “Não desvies o rosto de
nenhum pobre” (Tb 4,7). É um convite para afastar de nós a indiferença. A atitude
do bom samaritano é o caminho. Ele ficou tocado ao contemplar o drama do
outro. “Quando nos deparamos com um pobre, não podemos virar o olhar para o
lado oposto, porque impediríamos a nós mesmos de encontrar o rosto do Senhor
Jesus.” (Papa Francisco).
Na perspectiva cristã, a opção pelos pobres não está vinculada a um voluntarismo
ascético-moral, mas a um caminho no qual o ser humano se desvela como pessoa
guiada pelo princípio compaixão, sensível ao sofrimento dos outros e feliz por
compartilhar seu ser e seus bens com as pessoas, de modo especial os pobres. É
preciso abrir os olhos para ver, dispor o coração para comover-se e estender as
mãos para ajudar.
Este subsídio é para ajudar os grupos, as comunidades e paróquias a refletirem
sobre a realidade da fome à luz da mensagem do Papa Francisco. Há, também,
o roteiro celebrativo para rezar e compartilhar os alimentos com os necessitados
e necessitadas. Que esta Jornada Mundial dos Pobres nos ajude a “ver”, “a sentir
compaixão” e a “cuidar deles”.
Frei Olavio Dotto
Assessor CEPAST/CNBB
