• Cardeal Dom Agnelo Rossi †

    Bispo de Barra do Piraí, RJArcebispo de Ribeirão Preto, SPArcebispo de São Paulo, SPCardeal da Santa Igreja

    Nasceu em Joaquim Egídio, município de Campinas, no dia 04 de maio de 1913, filho de Vicente Rossi e Vitória Rossi. Teve apenas um irmão, Miguel. Realizou os estudos primários em Joaquim Egídio e em Valinhos e, mais tarde, ingressou no Seminário Diocesano de Campinas, a 26 de janeiro de 1926. Em 1932 seguiu para Roma, para o Colégio Pio Brasileiro, do qual foi o aluno nº 1; ingressou na Pontifícia Universidade Gregoriana, onde realizou o curso de Teologia. No dia 27 de março de 1937, na Basílica de São João de Latrão, recebeu a ordenação presbiteral das mãos de Dom Luís Taglia. Regressando ao Brasil, no final de 1937, ocupou na Diocese de Campinas os seguintes cargos: Secretário Particular de Dom Francisco de Campos Barreto, Bispo de Campinas, de setembro de 1937 a fevereiro de 1940; professor no Seminário Central de São Paulo, de março de 1940 a dezembro de 1943; Capelão da Casa-Mãe das Missionárias de Jesus Crucificado, de 1944 a 1956; Assistente Eclesiástico da Juventude Independente Católica (JIC) de Campinas (1939-1956) e da Juventude Universitária Católica (JUC) de Campinas, de 1944-1956; Professor da Faculdade de Filosofia de Campinas; Diretor da Faculdade de Filosofia de Campinas; Diretor da Faculdade de Ciências Econômicas; Vice-diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras; Diretor da Faculdade de Odontologia; Redator Chefe do Jornal Diocesano “A Tribuna”; Diretor da Biblioteca Apologética das “Vozes” de Petrópolis e Presidente do Secretariado Nacional da Defesa da Fé. Foi nomeado Cônego Honorário do Cabido Metropolitano de Campinas e recebeu as insígnias no dia 24 de maio de 1947. A 17 de junho de 1953, recebeu o título de Monsenhor Camareiro Secreto do Papa Pio XII. Foi eleito Bispo Diocesano de Barra do Piraí, RJ, no dia 05 de março de 1956. A proclamação foi feita pelo Núncio Apostólico no Brasil, Dom Armando Lombardi, na seção solene de instalação da Universidade Católica de Campinas, realizada no Teatro Municipal no dia 14 de março de 1956. A Sagração Episcopal foi na Catedral de Campinas, no dia 15 de abril de 1956, sendo Sagrante Dom Paulo de Tarso Campos e Co-sagrantes Dom Hélder Câmara e Dom Vicente Marchetti Zioni. Tomou posse da Diocese no dia 13 de maio desse ano. Foi nomeado Arcebispo Metropolitano de Ribeirão Preto no dia 06 de setembro de 1962, dirigindo essa Arquidiocese até 20 de dezembro de 1964, quando assumiu a Arquidiocese de São Paulo. Nesse tempo, foi eleito Presidente da CNBB até 1970. Foi anunciado Cardeal pelo Papa Paulo VI no dia 25 de janeiro de 1965, no ato da inauguração do Palácio Bandeirantes, nova sede do Governo do Estado de São Paulo. Recebeu a investidura no dia 25 de fevereiro desse mesmo ano, na Basílica de São Pedro no Vaticano, tomando posse desse título na Igreja Grande Mãe de Deus, em Roma, no dia 27 de fevereiro de 1965. Em virtude de seus acentuados trabalhos episcopais, foi convocado pelo Papa Paulo VI, em outubro de 1970, para fazer parte da Cúria Romana, como Presidente da Congregação da “Propaganda Fide”, hoje conhecida como da “Evangelização dos Povos”, um dos mais importantes Dicastérios da Santa Sé, supervisionando todo trabalho missionário da Igreja, em razão do qual percorreu 98 países nos 4 continentes em visitas pastorais. Neste período promoveu a reformulação da Universidade Urbaniana. Construiu a Biblioteca Missionária, dotando-a de mais de 400 mil volumes. Por motivos de saúde, solicitou ao Santo Padre João Paulo II dispensa da Congregação, mostrando seu desejo de voltar ao Brasil. Porém, em abril de 1984, o Papa o nomeou Presidente da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica. Foi nomeado Cardeal-Bispo de Sabina – Poggio – Mirteto, eleito Decano do Sacro Colégio Cardinalício e Cardeal-Bispo da Primeira Diocese de Roma, Ostia Antica. Em 07 de junho de 1993 voltou ao Brasil, fixando sua residência em Helvetia, dedicando-se à escrituração de seus livros. Construiu as Igrejas de Nossa Senhora de Guadalupe e São Miguel Arcanjo no bairro do Matão, em Campinas. Após longa enfermidade, faleceu no dia 20 de maio de 1995, sendo sepultado na Capela do Santíssimo do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe. Entre sua obra escrita podemos citar inúmeras publicações sobre o tema do protestantismo, do comunismo, da preparação para o casamento, da formação de estagiários para a Ação Católica e para a Catequese Popular. Escreveu dez Cartas Pastorais, entre as quais: Aplicação do Concílio Vaticano II na Arquidiocese de São Paulo, em 08 de dezembro de 1966. Publicou numerosos estudos na “Revista Eclesiástica Brasileira”, versando sempre sobre temas de Religião Católica, Protestante e Evangélica. Além desses estudos publicou outros trabalhos em revistas estrangeiras, principalmente nos Estados Unidos, Itália, Bélgica, Suíça, Holanda e Espanha. Realizou numerosas viagens, sobretudo pela América Latina o que lhe permitiu conhecer a realidade de nosso continente. Foi Delegado do Brasil na 1ª Semana Latino-Americana de Estudos Apologéticos, em Bogotá, em janeiro de 1955, da qual foi eleito Presidente. Participou na Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, no Rio de Janeiro, em julho de 1965. Foi escolhido Presidente na Reunião do CELAM, em Roma, em 1958 e presidiu a assembléia Latino-Americana dos Titulares dos Secretariados Nacionais da Fé, realizada no Rio de Janeiro, de 10 a 15 de agosto de 1959, momento em que se fundou o Comitê Latino-Americano da Fé (CLAF). Organizou 22 Tríduos de Estudos em várias cidades do Brasil, incluindo Campinas, pregação de retiros ao clero, a grupos de Ação Católica e de Apostolado de Leigos e organizou cursos intensivos sobre Protestantismo no Brasil em 1957 e no Pontifício Colégio Pio Brasileiro de Roma, em 1958. Dom Agnelo unificou a Federação Mariana e criou as seguintes Paróquias: Bento Quirino, São Pedro Apóstolo, São José, Nossa Senhora de Fátima e Senhor Bom Jesus da Lapa, todas em Ribeirão Preto.
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