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Dom Airton José dos Santos, Arcebispo Metropolitano, presidiu a Missa de Cinzas na Catedral Metropolitana de Campinas.

No dia 10 de fevereiro, quarta-feira, teve início a Quaresma, período de preparação para a celebração da Páscoa. São quarenta dias que antecedem o Tríduo Pascal: Quinta-feira Santa, Sexta-feira Santa e Sábado Santo. A Quarta-feira de Cinzas, o período do Carnaval e outras celebrações religiosas são datas móveis, definidas a partir do Domingo da Páscoa, celebrado no primeiro domingo após a primeira lua cheia do início do outono. A festa da Páscoa era um ritual realizado por pastores, que, como proteção, tingiam as entradas de suas tendas com o sangue de um cordeiro. Com o Êxodo do Egito, passou a ser lembrança da libertação do povo hebreu. Para os cristãos a Páscoa é a lembrança permanente de que Deus liberta seu povo através de Jesus Cristo, o novo Cordeiro Pascal.

Biblicamente o número quarenta tem um significado importante: foram quarenta anos que o povo hebreu passou no deserto e foram quarenta dias que Jesus passou no deserto em purificação. Por isso, a Igreja conserva a tradição de preparação para a Páscoa com quarenta dias de Jejum, Penitência e Esmola, na busca da plena conversão aos ensinamentos de Jesus de Nazaré.

Nas missas celebradas na Quarta-feira de Cinzas, se benzem e impõem as cinzas feitas de ramos de oliveiras ou outras árvores, bentos no Domingo de Ramos do ano anterior. Em procissão, os cristãos recebem na fronte um pouco dessas cinzas para expressar o desejo de assumir o processo de conversão que se iniciou no Batismo.

Também na Quarta-feira de Cinzas tem início, no Brasil, a Campanha da Fraternidade, momento privilegiado de evangelização, que busca despertar a população para uma problemática específica que requer uma resposta dos cristãos e de pessoas de boa vontade em direção à justiça e à fraternidade.

Neste ano, em sua 53ª edição, a Campanha da Fraternidade é realizada de forma Ecumênica, sob a coordenação do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil – CONIC. Em nível nacional, integram a Comissão da CFE-2016 a Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Presbiteriana Unida, Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia, Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular, Visão Mundial e Aliança de Batistas do Brasil. A CFE conta, também, com a parceria da Misereor, entidade episcopal da Igreja Católica na Alemanha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento na Ásia, África e América Latina. O tema da CFE-2016 é “Casa comum, nossa responsabilidade” e o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,24).

O Objetivo Geral é “Assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e empenharmo-nos, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Comum”. As reflexões sobre o saneamento básico contidas no texto base demonstram que esse é um direito humano fundamental e, como todos os outros direitos, requer a união de esforços entre sociedade civil e poder público no planejamento e na prestação de serviços e de cuidados. Por isso é uma Campanha Ecumênica, pois a questão do Saneamento afeta todas as pessoas, independente da fé que professem.

Fonte Arquidiocese de Campinas


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