Na segunda metade do século XIX a nova configuração da economia mundial abriu um espaço de autonomia relativa para áreas dependentes. Organizaram-se estados nacionais e um conjunto de elementos de modernização foi incorporado pelas ex-colônias americanas: ferrovias, equipamentos e benefícios urbanos, indústrias mecanizadas, etc. Nem o Brasil, nem a região de Campinas ficaram imunes a estas novidades. De fato, o sistema se consolidou e redesenhou as bases da divisão internacional do trabalho.

A dinâmica histórica e os fatos mais relevantes do processo interno são conhecidos e foram largamente estudados. A partir da segunda metade do século XIX e início do XX, identificamos mudanças significativas na economia e sociedade brasileira: uma relativa decadência dos polos econômicos do centro e nordeste e a emergência do sul e sudeste decorrente da importância crescente das exportações de café na organização da economia nacional; a crise do escravismo, como sistema econômico, e o início da predominância de um regime de trabalho livre nos setores centrais da vida econômica, o adensamento dos fluxos imigratórios como consequência mais imediata e visível disso; o aburguesamento de setores das elites dominantes e dirigentes; o avanço do republicanismo conduzindo a um processo de desgaste e crise do Estado Monárquico no Brasil; a Proclamação da República em 1889, a secularização do Estado e a separação da Igreja.

Do ponto de vista espacial, o mundo urbano teve suas funções e importância revista. Torna-se local de moradia de uma burguesia de extração agrária, mas também sede do poder e centro de um conjunto de serviços essenciais como transporte, bancário, burocrático, educacional, lazer e religioso.

O impacto dessas mudanças globais da sociedade afetou a Igreja, nas suas várias dimensões: institucional, doutrinária e na própria maneira como a religião é vivenciada, ou seja, na religiosidade. A religião de um modo geral e a Igreja Católica em particular, não é uma dimensão fora dessa sociedade, com a qual estabelece uma relação de exterioridade. Trata-se de um elemento constitutivo da ordem social que responde a um de seus problemas centrais que é o de como ajustar ou conformar o comportamento, valores e ideias das pessoas envolvidas, adequando-os aos princípios estabelecidos pela nova ordem que se instala. Ou seja, como garantir uma interiorização, relativa e provisória que seja, desses princípios pelos indivíduos, de modo a criar, direcionar, estimular e reprimir formas de agir e pensar coerentes com as novas dinâmicas históricas. O estabelecimento de leis e normas que impõem, pela coerção direta ou simbólica, comportamentos adequados, é uma das formas. A criação de compromissos e convenções entre os envolvidos é outra. A criação de um sistema de valores e representações que torne consensual a adesão às normas vigentes é o mais eficaz dos mecanismos. Não podemos ignorar o papel desempenhado pelas crenças religiosas nesse último aspecto.

Largo do Rosário em 1880

Nesse sentido, todo um conjunto de regras, acordos, hábitos e valores são mobilizados com o objetivo de manter em funcionamento certos esquemas de reprodução das relações sociais fundamentais, bem como a sustentação e direção do regime de acumulação então em vigor. Sendo assim, o estudo, em particular, da origem e expansão da Igreja Católica em Campinas, num momento específico da história da região, quando se vê envolvida numa nova trama, num novo contexto externo, exige do historiador uma atenção especial para a importância dos fatores morais e culturais na elaboração dos mecanismos coletivos que visaram conformar os comportamentos individuais a padrões de conduta adequados à manutenção da coesão e da ordem num sistema que por definição era contraditório e instável.

Certamente, não se pode reduzir a religião a uma arma ideológica da classe dominante, dos fazendeiros escravistas, para controlar seus subordinados. Mais do que social, a função da religião e da Igreja é estrutural, ou seja, a própria elite está sujeita às suas conformações. Ela adequa as condutas e valores dos dominados, mas também dos dominantes, de maneira coerente com os novos esquemas de acumulação.

Num primeiro momento, entretanto, as repercussões da alteração do contexto traduziram-se num processo gradual de perda do controle exclusivo da amarração simbólica da ordem social. Resultou disso a consciência da necessidade de se recompor o modo de inserção da instituição no novo quadro social emergente.

Efetivamente, na segunda metade do século XIX e até os primeiros anos do século XX começava a tomar forma no Brasil um movimento no interior da Igreja Católica chamado a ter grande influência sobre a comunidade católica brasileira: a Reforma Católica. Originada na Europa como uma reação às revoluções liberais que nos meados do século XIX agitaram a política dos países europeus e até o próprio Vaticano, a Reforma Católica constituiu um movimento que condenava tanto o capitalismo e a ordem burguesa, que se assentavam nos princípios do liberalismo, como o socialismo. Por isso era necessário manter a unidade da Igreja dentro desse contexto, mediante a centralização institucional no Vaticano, na concepção hierárquica da Igreja e na afirmação de sua autonomia em relação ao Estado.

Como condição primeira para levar adiante esta transformação era necessário reformar o clero, processo lento que só se completou no Brasil nas primeiras décadas do século XX, com a implantação de seminários diocesanos cuja missão era a de formar o novo clero, nos princípios tridentinos.

Os papas que ocuparam o trono Pontifício desde Gregório XVI até Pio XII não pouparam esforços para consolidar esses princípios e fazê-los cumprir até os lugares mais distantes de Roma. As encíclicas “Quanta Cura” e o Syllabus (1864) foram expressão mais alta desta concepção religiosa ultramontana que resgatava a espiritualidade da Igreja Católica e sua soberania no universo católico, porém dentro de uma rigidez hierárquica que teve importantes consequências na sociedade e na instituição católica do mundo inteiro.

No Brasil, este movimento teve início por volta de 1840 e se estendeu até mais ou menos 1920. Esse período, e com maior ênfase entre 1880-1920, significou um esforço de modernização das estruturas coloniais da Igreja luso-brasileira, que não tinham ainda sofrido as influências do Concílio de Trento ocorrido dois séculos antes. A hierarquia católica brasileira procurou então se estruturar em torno da autoridade do Papa e da Cúria Romana para dar forma à nova proposta. Daí que todos os esforços em realizar a adequação da Igreja Brasileira a Roma é conhecido como a romanização da Igreja no Brasil.

Não é nosso objetivo tratar de um assunto que já teve estudos relevantes. Porém, a menção a ele se faz necessária para compreender as mudanças acontecidas no interior da Igreja e, sobretudo, no novo papel que tiveram nesse contexto, o clero, as paróquias e seus párocos, que são, em definitiva, os que passaram a ocupar o lugar mais próximo de sua comunidade.

Efetivamente, com a reforma e a romanização das estruturas religiosas, a paróquia passou a ser o lugar de articulação da hierarquia eclesiástica com o povo, tendo como mediador o pároco, agora fortalecido em sua prática pastoral e política. Por sua vez o bispo tinha um papel mais importante na condução da ação pastoral de sua diocese e nos párocos, seus principais colaboradores. Nesse período, portanto, a paróquia passou a ser parte importante na articulação e mediação com a hierarquia da Igreja, e por este motivo foi necessário aumentar o número de paróquias e dioceses como uma forma de chegar à comunidade em sua ação pastoral. Assim, paróquia e pároco passaram a ter uma função primordial junto à comunidade subordinados ao bispo em sua ação pastoral.

Todavia, à luz da realidade brasileira, a romanização da igreja teve um vigoroso impacto nas antigas estruturas religiosas de raízes coloniais ainda não superadas. Efetivamente, desde os tempos coloniais, a maioria do povo brasileiro morava nas regiões rurais e sua prática religiosa cristã passava muito longe da hierarquia católica e do catolicismo oficial. A população tinha uma prática religiosa mais próxima da Igreja Católica Colonial e do que hoje chamamos de religiosidade popular. Por isso, foi muito difícil no Brasil em geral integrar ambos planos de devoção católica: a religiosidade popular de raízes colonial-portuguesas e a oficial, nova, romanizada e desconhecida em sua prática pela maior parte dos fiéis.

Assim, o processo de romanização no Brasil foi um grande desafio para a Igreja, quando a partir da segunda metade do século XIX começaram a ser implantadas as primeiras iniciativas da Reforma. Foi necessário apelar para a ajuda das congregações estrangeiras e do clero secular, principalmente europeu, para ajudar a reformar o clero nos moldes ditados por Roma, criar escolas paroquiais e colégios de congregações estrangeiras, além de dotar com novos estatutos as Irmandades, Confrarias e Ordens Terceiras, adaptados à nova realidade religiosa. As dioceses e paróquias também deviam ser fortalecidas e expandidas pelo território como uma forma de acompanhar e reforçar essa nova visão de Igreja.

Todo este processo não foi tranquilo. Ao contrário, o clero brasileiro não era homogêneo e por isso, uma parte dele se opôs à Reforma. Mesmo assim, começou a chegar o clero estrangeiro, quer seja junto às congregações religiosas ou com o clero secular acompanhando os imigrantes que aqui chegavam para trabalhar na lavoura ou nos centros urbanos. Este aumento no número de religiosos favoreceu, também, o aumento das paróquias novas que, por sua vez, cresciam à medida que novas dioceses eram criadas.

O processo de romanização teve também impacto no interior das instituições religiosas leigas e mistas como as Irmandades, Confrarias ou Ordens Terceiras integradas por pretos, pardos ou brancos, que desde os tempos da colônia detinham certa independência da igreja convivendo no mesmo espaço religioso. Todo este universo foi alvo da Reforma, passou a ser controlado pela Cúria e foi sendo substituído por congregações estrangeiras como os Vicentinos, o Apostolado da Oração e as Filhas de Maria, entre outras.

Pouco a pouco a paróquia incorporou no seu universo as instituições religiosas leigas e a religiosidade popular, afastando os leigos da mediação sagrada e substituindo as devoções dos santos populares brasileiros por uma devoção do catolicismo centrado em Roma, sobretudo no cumprimento dos sacramentos, especialmente o do matrimônio. As capelas e oratórios passaram a ser submetidos à autoridade paroquial, o vigário, e os Santuários outrora dedicados à devoção popular, passaram a ser administrados pelo clero regular.

Praça Bento Quirino e Igreja do Carmo

Este processo também se deu em Campinas, inclusive, antes de ser criada a Diocese. Em 1889 chegaram os Salesianos de Dom Bosco e em 1899 os Claretianos. Padre Joaquim Vieira, por exemplo, em 1893 deplorava o “atual estado de cousas” referindo-se à Proclamação da República, e desejava “ansiosamente, a reorganização da pátria brasileira”. Chamava a atenção, também, para os pensamentos em voga que podiam ferir a fé de Cristo, tais como: “o racionalismo, chamado de livre pensamento, o progressismo, o maçonismo, o positivismo (na nova forma de que se reveste o ateísmo), o indiferentismo ou tolentarismo”, uma vez que – explicava – “do indiferentismo ao ateísmo, a distância é insignificante”. Da mesma forma chamava a atenção para não se deixar iludir pelo magnetismo, espiritismo e hipnotismo e fazia menção aos acontecimentos de Juazeiro como sendo “impropriamente intitulados de milagrosos…”. Exortava, então, aos fiéis de sua paróquia para recorrer à explicação teológica de tais acontecimentos.

Esta era uma forma de reforçar a Igreja Católica em sua prática erudita, restringindo o espaço para a prática religiosa popular que como já expressamos anteriormente, coexistia em nossa sociedade desde a chegada do primeiro sacerdote.

Em São Paulo, na década de 1860, o Bispo Dom Joaquim de Mello tomava medidas para a criação de seminários reformados como uma forma de ajudar na reestruturação da Igreja, uma amostra de que havia necessidade de reformar o clero para adequar a hierarquia interna e, sobretudo, defender a liberdade e autonomia da Igreja, em suma, reforçar a instituição eclesiástica diante do Estado. Liberdade que cada vez mais levara a Igreja a uma introspecção, isto é, a de se preocupar muito mais com sua reorganização interna do que se envolver nas questões sociais que, naquela época, eram especialmente preocupantes, tais como a abolição da escravidão e Guerra do Paraguai, entre outros.

Em resumo, “Romanização” foi o nome dado, no Brasil, para as reformas promovidas por Pio IX com o objetivo de reforçar a autoridade do Papado, que vinha se desgastando desde a cisão da cristandade no século XVI, após a Reforma Protestante, seguida da ascensão das monarquias absolutistas, a laicização e depois a racionalização do pensamento, as revoluções liberais e a consolidação do capitalismo no século XIX. Tratava-se de desenvolver esforços no sentido de reformulação política e administrativa voltadas para a ampliação do poder de Roma sobre questões de liturgia, disciplina e nomeações, além de valorização e veneração da pessoa do Papa e o re-estabelecimento do óbolo de São Pedro.

As repercussões na Igreja católica no Brasil ocorreram no sentido aprofundar a dependência em relação a Roma, no estabelecimento de regras mais rigorosas na formação do clero, vinda de padres estrangeiros, entre outras. Entretanto, a mudança não alterou de maneira substancial as alianças sociais que garantiam a inserção e função da instituição na vida social brasileira.

Em Campinas, especificamente, a história da igreja no final do século XIX é marcada por alterações e inovações que no conjunto representaram um primeiro momento de reforma interna frente aos desafios do novo contexto social. Em primeiro lugar temos a centralização dos serviços religiosos na cidade, deixando de ser uma Igreja das fazendas, sob proteção e controle dos senhores de Engenho. Esta mudança não implicou num rompimento com os proprietários rurais, mas em uma abertura do leque social que compunha seus quadros de apoio. Além dos fazendeiros de café, também o comerciante da cidade e os profissionais liberais passaram a desempenhar um papel decisivo na reformulação e sobrevivência da instituição.

Por outro lado, aconteceu a reorganização da Irmandade do Santíssimo Sacramento em 1847. Tal reorganização significou, na prática, a criação da irmandade em Campinas. Substituiu duas irmandades que agrupavam os chamados “homens bons” da cidade: a Ordem Terceira do Carmo e a de São Francisco. Os critérios de composição dos membros eram essencialmente sociais e raciais. Enquanto a Irmandade do Santíssimo congregava os brancos pertencentes aos grupos dominantes, rurais e urbanos, outras irmandades, como a São Benedito e Rosário, ficavam reservadas aos pobres, pardos e negros. Além de espaços de sociabilidade numa sociedade marcada pela segregação, funcionavam como grupos de defesa de interesses. A Irmandade do Santíssimo, especificamente, teria representado a principal base de apoio da Igreja num contexto de grandes transformações e na passagem que teve que realizar do mundo rural para o urbano. Entre outras realizações, sua participação foi decisiva na conclusão das obras da matriz nova, inaugurada em 1883. Esse também foi um dos aspectos relevantes da reforma da Igreja em Campinas no final do século XIX, além da criação, em 1870, de sua segunda paróquia. No conjunto, estas mudanças representam uma tentativa de inserir a instituição num contexto marcado por alterações sociais cujas raízes identificamos no processo de modernização econômica e urbana da virada do século XIX para o XX.

A Reforma, como mais tarde a Restauração, limitaram a ação missionária do pároco. Ao ficar preocupado na reorganização interna de sua paróquia, a Igreja também ficou fechada em si mesma e as congregações perderam a oportunidade de por em prática sua função missionária passando a ocupar-se apenas com a doutrinação da sociedade e “com isto a Igreja nesse período apresentou limites a sua missionariedade”.

Contudo, a paróquia ganhou novo dinamismo e importância e tornou-se a “célula viva” da Diocese, mediadora entre o povo de Deus e a hierarquia eclesiástica. Assume, por outro lado, um caráter pastoral, mas também, militante e político. Com esta função o pároco é a figura fundamental que administrará com sabedoria essa mediação.

Todavia, é importante assinalar que a religiosidade popular praticada desde os tempos coloniais não foi completamente substituída pela influência da romanização. Houve sim, uma recriação dessas práticas que permanecem vivas até hoje no cotidiano dos católicos. Continuam, por exemplo, a devoção aos santos milagrosos promovendo festas e romarias em sua homenagem como uma manifestação de fé e devoção. O catolicismo popular continua vivo entre as diversas camadas sociais dando um sentido à vida e à morte, ao sagrado e ao profano, dentro da diversidade.

Se o ultramontanismo pretendia homogeneizar o catolicismo buscando modelar a exteriorização da fé através de uma linguagem única, confrontou-se com uma sociedade pluralista que resistiu a essa nova forma de espiritualidade. Também, devemos reconhecer que a diversidade de práticas religiosas desse mundo plural assinalou novos caminhos ao catolicismo que, através de um olhar mais ecumênico, pode recuperar parte dessa religiosidade popular e da participação dos leigos.

Catedral Metropolitana

Outro fator veio contribuir para a consolidação do processo de romanização. É sabido que Campinas e região foi receptora de um número importante de imigrantes que, em sua maioria ia para trabalhar nas fazendas de café, produto que se encontrava em expansão. Além disso, com a abolição do tráfico de escravos e a consequente redução do número de escravos para a lavoura, os fazendeiros da região tentaram, como solução ao problema, a mão-de-obra estrangeira. A primeira experiência com a mão-de-obra livre ocorreu na fazenda de Ibicaba, em Limeira, município de Campinas. Embora inicialmente fracassada, a experiência foi melhorada e ficou definitivamente implantada na região.

É importante ressaltar que a maioria dos imigrantes chegava em grupos familiares e que 75% deles era de procedência italiana, seguidos pelos portugueses, espanhóis e outras nacionalidades. Os italianos emigraram, em sua maioria, na época em que Itália estava recém unificada, porém, a unidade cultural e social não tinha sido conseguida imediatamente. Falavam seus dialetos de origem e mantinham seus costumes locais. Todavia, um fator unia essa diversidade cultural: a religião católica. Talvez por isso, a imigração italiana era de todas a melhor aceita pelas autoridades brasileiras que viam na introdução de imigrantes que professavam outras religiões, um perigo para a religião oficial.

Se por um lado este era um fator de união, por outro, era necessário dar auxílio religioso a essa leva de imigrantes que dia-a-dia chegava ao Brasil e à nossa região. Todavia, ser católico na Europa era diferente que no Brasil, ou seja, a exteriorização da religião tinha manifestações diferentes. Enquanto no Brasil, como já dizemos, era praticamente leigo, com uma organização espontânea em irmandades e ordens terceiras, com procissões, romarias e festas organizadas por leigos, entre os italianos sua prática religiosa estava na missa, no cumprimento dos sacramentos e sobretudo, na comunhão e na confissão. Neste sentido, o sacerdote, o templo e a prática religiosa eram inseparáveis.

Toda esta situação contrastava com a do Brasil onde, a escassez de sacerdotes e as enormes distâncias permitiam o enraizado de práticas de um catolicismo místico e popular, porém, de grande devoção. Por isso, a prática do catolicismo entre os imigrantes nos primeiros tempos assemelhava-se muito à do período luso-brasileiro. À falta de padres, os próprios colonos praticavam sua religião no seio do lar, construíam os “capitéis” ou pequenas capelinhas onde se reuniam com os familiares e vizinhos. Outras vezes contavam com as capelas construídas pelos proprietários das fazendas onde celebravam os cultos quando o padre podia ir até a fazenda para a celebração das missas ou dos sacramentos. Com a chegada dos sacerdotes, a maioria das vezes solicitada com insistência pelos colonos, essa vida religiosa foi mudando para uma prática da religião muito mais rígida e de acordo com as raízes europeias.

Texto do Profª. Drª. Lilia Inês Zanotti de Medrano
Publicado no livro Arquidiocese de Campinas: Subsídios para a sua História


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