Monsenhor José Antônio Moraes Busch †
Falecido em 31/10/2010
Monsenhor José Antônio Moraes Busch nasceu em Limeira, SP, no dia 06 de fevereiro de 1933, filho de Emílio Kuntz Busch e Benedicta Moraes Busch. Fez o curso primário no Grupo Escolar Brasil e o ginasial no Colégio estadual Otávio Lopes Castelo Branco, ambos em Limeira. Fez o Colegial Clássico no Seminário Diocesano de Campinas e, depois, Filosofia no Seminário Central da Imaculada, no Ipiranga, em São Paulo, e Teologia na Universidade Gregoriana, em Roma.
Foi ordenado Presbítero no dia 14 de março de 1959, em Roma, pelas mãos de Dom Caetano Mignani (CM). Estava em Roma quando, no dia 28 de outubro de 1958, o Cardeal Angelo Giuseppe Roncalli foi eleito Papa, assumindo o nome de João XXIII, sucedendo o Papa Pio XII.
Fez, ainda, os cursos de Liturgia, na Universidade Gregoriana, em Roma, e Jornalismo e RTV, na Universitá Internazionale degli Scienzie Sociali, em Roma.
Padre Busch retornou ao Brasil em 14 de setembro de 1960 e foi nomeado Vigário Cooperador da Paróquia Nossa Senhora das Dores, no Cambuí, e Professor de Filosofia, de Ética e de Cultura Religiosa na Universidade Católica de Campinas. No dia 30 de outubro tomou posse como Assistente Eclesiástico da Equipe Arquidiocesana da Juventude Estudantil Católica – JEC.
Graças à inteligência e percepção de Dom Paulo de Tarso Campos, Padre Busch foi convidado para iniciar um trabalho de renovação litúrgica em Campinas, em abril de 1962, antes mesmo da abertura do Concílio Vaticano II.
Começou, então, um trabalho pioneiro em todo o Brasil, com a formação de uma Equipe de Liturgia, que fornecia subsídios em folhas mimeografadas e realizava visitas às Paróquias para a formação de equipes, incentivando a participação do povo, embora as Missas continuassem em latim. Quando foi publicada a Constituição
Sacrosanctum Concilium, Campinas contava com a presença atuante de Dom Bernardo José Bueno Miele, Bispo Auxiliar de Dom Paulo, que formou, a partir da equipe de liturgia existente, a Comissão Arquidiocesana de Liturgia, Música e Arte Sacra – CALMAS.
A CALMAS produziu inúmeros textos em pequenos cadernos, folhetos de missas para a participação do povo, cursos de formação para as equipes paroquiais, tornando-se conhecida em todo o Brasil. Padre Busch foi Redator do primeiro folheto litúrgico “Igreja em Oração”.
No dia 06 de agosto de 1967 foi nomeado Pároco da Paróquia Senhor Bom Jesus do Bonfim, em Campinas.
No início de 1968 foi convidado para trabalhar como Diretor do Instituto Superior de Pastoral Litúrgica da CNBB, cargo que exerceu até 1970, quando passou a Assessor Nacional de Liturgia da CNBB. No período em que ficou em Brasília, de 1970 a 1974, trabalhou, também, como Professor de Teologia Pastoral e Pastoral Litúrgica no Instituto Superior da CNBB e foi Coordenador da Comissão Nacional de Tradutores de Textos Litúrgicos.
Ao retornar para Campinas, foi nomeado por Dom Antônio Maria Alves de Siqueira, no dia 1º de março de 1975, Pároco e Coordenador Geral da Pastoral Universitária, com o objetivo de “dar a conhecer de forma adequada ao nosso mundo universitário a pessoa de Jesus Cristo e seu evangelho”. Deu importância primordial às aulas de teologia, ministradas em todos os cursos ao longo de quatro anos. Lançou e desenvolveu o “Ponto de Encontro universitário”. Este projeto teve início no dia 25 de maio de 1975, no Colégio Coração de Jesus e procurou ser “encontro de pessoas” e “abastecimentos de vidas”. Padre Busch procurou incentivar a formação de grupos universitários de reflexão, tendo como ponto de partida os Cursos de Reflexão Universitária – CRU. Procurou, ainda, concretizar encontros de professores. Criou um serviço de atendimento pessoal, reorganizando a capelania de forma a que os capelães se tornassem auxiliares efetivos não só no atendimento em estilo de aconselhamento mas também na parte sacramental da reconciliação e comunhão eucarística. Em nível institucional, criou o Conselho Pastoral. A ênfase à formação cristã levou o Padre Busch a construir a Casa de Encontros Pastorais Ain-Karen. Padre Busch criou toda a infra-estrutura da Pastoral Universitária, fazendo a universidade “evangelizada” e evangelizadora. Seu trabalho na PUC-Campinas foi até 26 de março de 1985.
Com a nomeação do Cônego Amaury Castanho como Bispo Auxiliar de Sorocaba, Padre Busch foi nomeado, no dia 25 de outubro de 1976, Cônego Catedrático do Cabido Metropolitano de Campinas.
Foi nomeado por Dom Gilberto Pereira Lopes como Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Dores, no Cambuí, no dia 08 de fevereiro de 1982, cargo no qual atua até o momento. Prestou, ainda, na Arquidiocese de Campinas, os serviços de Vigário Episcopal da Região Centro, de 1993 a 1998 e é Ecônomo da Arquidiocese de Campinas desde 1992.
Foi Membro Efetivo da Cadeira nº 02 da Academia Campinense de Letras. Em 31 de outubro de 2002, recebeu o título de Cidadão Campineiro, pela Câmara Municipal de Campinas.
No dia de sua posse, em 1º de agosto de 2004, Dom Bruno Gamberini nomeou Cônego Busch como Vigário Geral, acumulando as funções de Ecônomo, Procurador Geral, nas funções administrativas e jurídicas de toda a Arquidiocese de Campinas e Coordenador da Cúria Metropolitana.
Faleceu na manhã de 31 de outubro de 2010, às 06h30. Monsenhor Busch se encontrava internado no Hospital e Maternidade Celso Pierro da PUC-Campinas desde o dia 21 de agosto, quando sofreu um acidente, caindo do palco durante uma palestra no Encontro de Liturgia e Canto Pastoral, no Colégio Imaculada, e sofrendo um traumatismo craniano.