Dom Francisco Borja do Amaral †
Bispo de Lorena, SPBispo de Taubaté, SP
Dom Francisco nasceu em Campinas, no dia 10 de outubro de 1898. Foram seus pais Manoel Pereira do Amaral, português, e Escolástica Toledo do Amaral, filha de Dom João Toledo Piza.
Seus primeiros passos em direção à vida sacerdotal, tiveram início no Seminário Menor de Piracicaba, SP, entre 1910 e 1915, e no Seminário Maior de São Paulo, onde entrou em 20 de fevereiro de 1916. Em 1918 terminou o Curso de Filosofia, no Seminário Provincial de São Paulo. Começou o Curso em Teologia, em 1919, sendo ordenado Presbítero no dia 09 de março de 1921.
Em 1922 foi nomeado Coadjutor de Itapira e, menos de um ano depois, em 1923, Vigário Cooperador de Mogi Mirim. Antes de se tornar Bispo, Dom Francisco desenvolveu uma vida sacerdotal dedicada a seus fiéis e à ação pastoral. No dia 07 de maio de 1924 foi escolhido e nomeado Diretor Espiritual do Seminário Menor de Campinas e dois anos depois, Dom Nery o promoveu a Pároco do Senhor Bom Jesus de Piracicaba. Tomou posse no dia 25 de abril de 1926, promovendo a reanimação da vida religiosa da cidade. Porém, devido a problemas de saúde, foi substituído pelos padres Capuchinhos, em fevereiro de 1928, e removido para a Sede Episcopal em Campinas.
No dia 04 de dezembro de 1928 foi empossado como Pároco na Matriz Velha de Campinas e em 1933 foi escolhido Cônego Catedrático do Cabido. Quando Vigário da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, a Matriz Velha, Cônego Francisco Borja do Amaral a reconstruiu totalmente, fazendo dela um templo de estilo gótico. Foi nessa oportunidade, em 1939, que escreveu o livro de meditações “Maria abençoando o Brasil”.
Foi nomeado Bispo de Lorena, Diocese desmembrada da de Taubaté, pelo Papa Pio XII, em 21 de setembro de 1940, recebendo a Sagração Episcopal na Catedral de Campinas em 16 de fevereiro de 1941. Nesta nova Diocese permaneceu durante quatro anos, intensamente dedicados à sua missão pastoral e religiosa, organizando e preparando os fiéis para o apostolado leigo, por meio da organização de associações religiosas, da Ação Católica, promovendo obras assistenciais e, entre outras realizações, promoveu na Sede Episcopal, o Congresso Eucarístico.
Em 10 de outubro de 1944 foi transferido para a Diocese de Taubaté, onde exerceu o Ministério por 33 anos. Tomou posse no dia 08 de dezembro desse ano. Foi também nessa cidade onde Dom Francisco deu exemplo de fecundo apostolado, concluindo a reforma da Catedral, criando 21 paróquias, ordenando 19 sacerdotes diocesanos e 66 do clero religioso. Muitas Ordens e Congregações religiosas coadjuvaram sua vida pastoral, entre elas as Irmãs Carmelitas e a Madre Maria do Carmo da Santíssima Trindade, Madre fundadora do Carmelo da Santa Face e Pio XII, de Tremembé, que ele mesmo levou para sua Diocese.
Criou, ainda, a Cáritas Diocesana, empreendeu a construção do Cristo Redentor, fundou a Casa do Menor com doação de bens da própria Diocese, celebrou o único Sínodo Diocesano da Diocese, organizou o Congresso Mariano de 10 a 15 de agosto de 1947, além de propiciar as semanas de estudos da Ação Católica. Participou em todas as sessões do Concílio Vaticano II e foi um dos primeiros bispos a ordenar homens casados como Diáconos Permanentes.
Atingindo a idade limite de 75 anos, Dom Francisco renunciou e retirou-se a uma modesta casa no morro Cristo Redentor. Morreu em Taubaté, no dia 01 de maio de 1989, aos 90 anos de idade.